A Federação de Futebol do Acre foi a que mais recebeu recursos da CBF em 2014, R$ 1,8 milhão.
A CBF subsidia, em forma de doação, quase todas as federações, que têm 27 votos para a eleição presidencial da entidade — segundo o balanço patrimonial da confederação foram doados mais de R$ 31 milhões no ano passado.
A segunda federação que mais recebeu dinheiro foi a de Amazonas, R$ 1,75 milhão, seguida pela baiana, R$ 1,54 milhão. Esta é presidida por Ednaldo Rodrigues, que no começo do ano passado esboçou uma oposição à dupla José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, que comandava a CBF.
Entre as três que menos receberam doação está a Federação Catarinense, R$ 747 mil, que é presidida por Delfim Peixoto, vice eleito da CBF, mas sucessor direto de Del Nero caso ele deixe a presidência da CBF depois da prisão de Marin, na Suíça. O vice afastado da CBF é acusado de receber propinas para assinar contratos comerciais em torneios organizados pela Conmebol e CBF.
No caso da federação do Acre, o subsídio da CBF representa 65% de toda a receita de federação, que é presidida pelo advogado Antônio Lopes Aquino desde abril de 1984 — em janeiro ele foi eleito para um sexto mandato, até 2019.
Os mandatos eternos nas federações estaduais devem acabar. A medida provisória do refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes, aprovada pelo Congresso, prevê que os mandatos de presidentes das federações também sejam limitados a quatro anos, com apenas uma reeleição.