Seleção rejeita adversários fracos para priorizar treinamentos em setembro

Por Marcel Rizzo

A comissão técnica da seleção brasileira rejeitou adversários considerados mais fracos apresentados por empresa como possíveis rivais para amistoso em setembro, como Jamaica e Costa Rica.

E deve usar um período de oito dias da apresentação dos jogadores na próxima data Fifa, em 31 de agosto, até o jogo confirmado contra os EUA, dia 8 de setembro, em Boston, apenas para treinamentos.

O Brasil ficou sem um segundo rival para a data Fifa de setembro depois que o Superclássico das Américas, o jogo anual contra a Argentina, foi cancelado. A empresa organizadora, a Full Play, foi envolvida nas investigações dos EUA de pagamento de subornos para acerto de contratos comerciais — os executivos da Full Play estão presos, assim como cartolas.

A Jamaica fez uma péssima Copa América como convidada, por isso não agradou ao técnico Dunga quando teve a sugestão apresentada. Nesta quarta (22), os jamaicanos surpreenderam os EUA, venceram por 2 a 1, e chegaram à final da Copa do Ouro, o torneio continental da Concacaf.

A Costa Rica enfrentará o Uruguai em sua casa em setembro, mas tinha disponibilidade para viajar aos EUA e encarar o Brasil.

Normalmente, a comissão técnica da seleção não tem poder de veto para escolher rivais em amistosos, já que a Pitch International, a empresa que detém os direitos de marcar os amistosos da seleção, pode definir o adversário sem consultar a CBF.

Mas, nesse caso, o primeiro confronto de setembro estava reservado para a Full Play e Conmebol para o Superclássico.

A Pitch continua atrás de um adversário mais forte para a vaga aberta, e a CBF ainda não confirma que ficará apenas treinando até enfrentar os EUA. Mas não será possível levar rivais europeus para a América, nem mesmo um time africano considerável, o que faz com que o treino seja a opção viável.