O Ministério da Fazenda está preocupado com a retirada da obrigatoriedade da conta única dos clubes do texto da MP do Futebol aprovada no Congresso.
A discussão sobre essa questão, e o parcelamento das dívidas fiscais em até 240 meses, e não 180 meses como defendia a fazenda, são dois dos motivos que estão emperrando a sanção da presidente Dilma Rousseff ao texto.
O prazo para ela sancionar a MP acaba na próxima quarta-feira, 5 de agosto. Dilma pode aprovar totalmente, ou vetar parcialmente ou na íntegra alguns artigos, o que neste caso devolveria o texto para análise do Congresso.
O texto inicial da medida provisória do futebol determinava que os clubes centralizassem todas as suas receitas em uma única conta corrente, na qual seria debitada as parcelas do refinanciamento fiscal.
O artigo era uma maneira de o governo garantir que o clube não se esquivaria de pagar o parcelamento, mas foi retirado a pedido da CBF e dos clubes.
Agora, o clube tem que indicar uma conta própria, da qual será debitada a parcela. O governo federal teme, porém, que sem uma conta única será difícil fiscalizar se o clube está sanando suas dívidas com responsabilidade, uma das contrapartidas exigidas para ter acesso ao financiamento.