Contaminação em farmácia é linha de defesa para o caso de doping de Fred

Por Marcel Rizzo

A maioria dos atletas flagrados no doping pelo uso do diurético hidroclorotiazida, o mesmo detectado no exame do meia Fred durante a Copa América, alega na defesa erro de manipulação e contaminação na fabricação de medicamentos, principalmente de vitaminas.

Foi a tese, por exemplo, do lateral-esquerdo André Santos, ex-seleção brasileira, Corinthians e Flamengo. Ele foi julgado uma semana atrás, em 27 de julho, pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol, após exame ter detectado a substância depois de um jogo do Campeonato Paulista — André Santos jogou pelo Botafogo de Ribeirão Preto.

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O lateral foi condenado a 165 dias de suspensão, mas com início retroativo à data do jogo em que foi flagrado, dia 11 de fevereiro de 2015.

André, portanto, já cumpriu punição e, inclusive, entrou em campo neste domingo (1) por seu novo time, o suíço FC Wil.

A estratégia da defesa do lateral foi não pedir a absolvição, pois estenderia o processo com recursos da promotoria.

A defesa de Fred estuda casos parecidos para saber como agir, mas ele deve ser suspenso provisoriamente por 30 dias.

Casos de doping por diurético podem gerar suspensões de até dois anos, mas se o atleta não é reincidente a punição não passa de alguns meses.

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