Fifa cria cota para que mulheres tenham cargos em comissões técnicas

Por Marcel Rizzo

A Fifa quer incentivar que suas associações filiadas e clubes tenham mulheres em comissões técnicas e cargos diretivos de times femininos, e por isso vai criar uma cota obrigatória para, inicialmente, as competições que organizar — que pode se estender como orientação para torneios de responsabilidade das federações, como o Campeonato Brasileiro, por exemplo.

A primeira competição que terá a cota será o Mundial feminino sub-17, entre 30 de setembro e 21 de outubro de 2016, na Jordânia.

As 209 associações filiadas receberam da Fifa comunicado informando que as seleções participantes da competição, que ainda não estão definidas, precisarão ter obrigatoriamente mulheres em seu estafe, com as seguintes regras:

1) uma mulher no corpo médico, podendo ser uma fisioterapeuta; 2) ao menos uma mulher na comissão técnica, obrigatoriamente uma técnica, uma assistente técnica, uma preparadora de goleiras ou preparadora física; 3) de preferência que metade do corpo de oficiais da delegação (dirigentes e representantes) seja composto por mulheres.

A Fifa notou no Mundial adulto feminino disputado no Canadá,  entre junho e julho, que as seleções tinham poucas mulheres trabalhando fora dos gramados nas delegações.

Na seleção brasileira feminina, os principais membros de diretoria e comissão técnica são homens. O diretor, por exemplo, é Marco Aurélio Cunha, ex-dirigente são-paulino, e o técnico é Oswaldo Alvarez, o Vadão.

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