A Conmebol, protagonista no recente caso de investigação de pagamento de suborno no futebol, comunicou às suas associações filiadas que não aceitará mais depósitos em contas de pessoas físicas quando repassar valores às federações.
A carta, assinada pelo diretor-geral Gorka Villar, pede que as 10 associações filiadas, entre elas a CBF, enviem, sempre que for feito um repasse, um certificado do banco destinatário que comprove que a federação é a titular da conta para onde será enviado o dinheiro. O texto informa que o “titular da conta não poderá ser uma pessoa física”.
A Conmebol envia para as associações todas os valores das cotas que paga aos participantes nos torneios que organiza, como a Libertadores e Copa Sul-Americana. São as federações que precisam repassar esse dinheiro aos clubes.
A entidade que comanda o futebol na América do Sul, no comunicado, pede que as associações enviem o comprovante de que fez o repasse aos clubes, e também de que recebeu o dinheiro da Conmebol na conta especificada.
Dirigentes da Conmebol foram implicados no escândalo do recebimento de subornos de empresas de marketing esportivo para fechar contratos de direitos de organização e transmissão de campeonatos como a Libertadores e a Copa do Brasil. Estima-se que foi movimentado mais de US$ 100 milhões.
O ex-presidente da CBF José Maria Marin foi um dos sete cartolas presos na Suíça acusado pelo departamento de justiça dos EUA de receber propina.