A CAS (Corte Arbitral do Esporte), na Suíça, última instância da justiça desportiva, marcou para a próxima quinta-feira (1) o julgamento da suspensão do atacante Neymar. A defesa da CBF tentará mostrar que, pelo regulamento da Conmebol, entidade que organizou a Copa América, a pena deveria ser cumprida, somente, na próxima competição similar (Copa América de 2016).
Se a tese for aceita, e ele liberado, poderá até ser convocado por Dunga para os jogos das eliminatórias de outubro, desde que o Barcelona o libere.
Neymar foi suspenso por quatro partidas pela Conmebol em razão de sua expulsão contra a Colômbia, pela segunda rodada da primeira fase da Copa América. Ele cumpriu apenas duas partidas, e não poderá enfrentar Chile, dia 8 de outubro, e Venezuela, dia 13, nas primeiras rodadas das eliminatórias.
No documento, a CBF vai argumentar que a entidade sempre “achou que qualquer problema ocorrido na Copa América, teria como consequência punições dentro da competição, e não em uma Copa do Mundo”. A eliminatória, para a Fifa, já é considerada a primeira etapa do Mundial.
“A seleção só participou da Copa América porque sabia que eventual punição seria cumprida numa Copa América, senão não ia expor o time de ficar fora da Copa do Mundo. Imagina se sai uma briga lá com Uruguai, ou Argentina, e todo mundo expulso, suspenso por cinco jogos. Vai perder a Copa do Mundo?”, disse o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes.
Lopes participará do julgamento, como testemunha, via computador — a CBF será representada pelo advogado Marcos Motta. Neymar não vai ser ouvido.