A movimentação de diretores do São Paulo de colocarem os cargos à disposição tem como objetivo forçar o presidente, Carlos Miguel Aidar, a pedir licença.
Os dirigentes das diversas áreas não querem a renúncia de Aidar, mas a licença, e o motivo é o que diz o estatuto do clube.
Se renunciar, quem assume interinamente a presidência é o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que em 30 dias precisa convocar uma nova eleição, como diz o artigo 88 do estatuto do clube.
Leco é um dos principais nomes da oposição, e com ele no comando, uma nova eleição para completar o mandato (até o início de 2017) seria incerta.
A licença, para a situação, é o ideal. Como está no artigo 87, em caso de licença do presidente, quem assume é o vice, no caso Júlio Casares. Seria necessário apenas ser feito um remanejamento das diretorias, mas a situação continuaria no poder.
Casares, por sinal, foi um dos primeiros a colocar o cargo à disposição, como vice-geral. Fernando Ambroggi, diretor de esportes amadores, também mandou sua carta de demissão.
Rubens Moreno, diretor de futebol, também comunicou a Aidar sua saída.
Aidar demitiu o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, depois de terem brigado em um hotel, em reunião de diretoria. O clube também perdeu o técnico da equipe, Juan Carlos Osorio, que pediu demissão para assumir a seleção do México.
Com Camila Mattoso e Rafael Valente, de São Paulo