José Maria Marin viveu 66 anos de seus 83 de vida ligado ao futebol, primeiro como jogador, depois como cartola.
Hoje em prisão domiciliar nos Estados Unidos acusado de receber propina para fechar acordos comerciais de competições na América do Sul quando presidia a CBF, em 2013, Marin foi abandonado por praticamente todos aqueles que considerava próximos no mundo do futebol.
Ele se apega atualmente ao que chama de “turma de Santo Amaro”, bairro da zona sul da capital paulista onde nasceu e cresceu. Um de seus fiadores do acordo de prisão domiciliar com o governo dos Estados Unidos, por exemplo, faz parte dessa turma do ex-dirigente, amigos há mais de 60 anos.
A Justiça norte-americana o proibiu de ter contato direto com pessoas ligadas à CBF, mas, mesmo assim, o presidente não recebeu notícias ou recados de ex-companheiros da confederação por meio de sua esposa, Neusa, ou advogados.
A exceção no meio do futebol foi o vice-presidente jurídico da Federação Paulista de Futebol, Roberto Cicivizzo Júnior, que também assina como fiador da prisão domiciliar.