Novos reús devem fazer ‘caso Fifa’ demorar até cinco anos para terminar

Por Marcel Rizzo

Entre quatro e cinco anos, ou seja, em 2020. É o tempo que integrantes da defesa de alguns dos réus do escândalo de corrupção no futebol acreditam que demore para que o julgamento seja finalizado.

O alto número de indiciados até o momento, 30, faz com que o processo deva se estender por anos para se ouvir testemunhas e as dezenas de audiências que devem ocorrer.

Especialista diz que se tudo corresse dentro da normalidade, sem atrasos, as sentenças poderiam sair em dois anos e três meses. Mas isso não vai acontecer.

Por exemplo: os novos indiciamentos, revelados na quinta (3), devem fazer com que a audiência que seria realizada dia 16 de dezembro seja cancelada para que a nova documentação chegue na corte. Seria a segunda vez do ex-presidente da CBF José Maria Marin na frente do juiz.

E, em 2016, é provável que mais pessoas sejam indiciadas, indicou na quinta Loretta Lynch, procuradora-geral dos EUA.

Entre os indiciados pela Justiça dos Estados Unidos estão o presidente licenciado da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, e Marin, que foi preso em maio, na Suíça, e no início de novembro aceitou ser extraditado para os EUA. Ele está em prisão domiciliar.

Eles são acusados de receber suborno de executivos de empresas de marketing esportivo para fechar contratos cedendo os direitos comerciais de torneios como a Libertadores e a Copa do Brasil. Como esse dinheiro teria passado por bancos norte-americanos, é considerado crime no país onde estão sendo processados.

Se condenados, os indiciados podem pegar até 20 anos de prisão. Marin e Del Nero negam as acusações.