Antes oposição a Marco Polo Del Nero e mentor da “revolta do Nordeste”, o alagoano Gustavo Feijó, um dos vices da CBF, será o chefe de delegação da seleção brasileira na Copa América de junho de 2016, que será realizada nos Estados Unidos.
Este foi um dos agrados feitos por Del Nero para recuperar o apoio de Feijó. Ele também representará a CBF em reuniões na Conmebol, e até em encontros na Fifa que tratem da Rio-2016 — ele também pode aparecer como chefe de delegação durante os Jogos Olímpicos, em agosto.
Nesta quinta (7), Del Nero voltou a se licenciar da presidência e indicou Antonio Carlos Nunes, do Pará, como interino. Del Nero continua preparando sua defesa contra as acusações de corrupção, no Departamento de Justiça dos Estados Unidos e na Fifa, mas havia na terça (5) voltado da licença apenas para retirar da presidência o vice indicado anteriormente, Marcus Vicente, do Espírito Santo — que estava analisando as contas da entidade, o que desagradou Del Nero.
Feijó será o braço-direito de Nunes nos 150 dias que Del Nero estará licenciado. Na reunião que definiu a nova licença do cartola, os únicos vices presentes eram Nunes e Feijó. Fernando Sarney, aliado de Del Nero, estava em viagem, e não compareceram o opositor Delfim Peixoto e o ex-presidente interino Marcus Vicente.
Oito presidentes de federações do Nordeste pediram, em dezembro, o cancelamento da eleição que, no final, elegeu o coronel Nunes como vice da CBF. Feijó era um dos líderes.