Eleição para presidente da Conmebol se transforma em disputa por direitos de TV da Libertadores

Por Marcel Rizzo

A eleição para a presidência da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), dia 26 de janeiro, no Paraguai, terá como protagonista justamente o que levou à prisão boa parte dos cartolas da entidade em 2015: os direitos de transmissão de TV das competições organizadas pela confederação.

O paraguaio Alejandro Dominguez e o uruguaio Wilmar Valdez se enfrentarão, e têm como mote de campanha a renovação dos contratos para os direitos comerciais da Libertadores e da Copa América.

Dominguez é o favorito para vencer a eleição porque pretende manter acordos com empresas que já trabalham com a Conmebol, como a Fox Sports, que tem o contrato  da Libertadores até 2018. A maioria dos presidentes das federações da América do Sul prefere manter acordo com empresas que já trabalham com a entidade.

Adversários de Valdez dizem que ele quer levar para a entidade a empresa uruguaia Global Sports Partners, que nos últimos anos tenta comprar os direitos da Libertadores, sem sucesso. Em novembro de 2015, a Global fez nova oferta pela Libertadores, mas a Conmebol manteve o contrato com a Fox até 2018.

A CBF pretende apoiar Dominguez na eleição.

Três ex-presidentes da Conmebol estão presos, acusados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de receber propina para ceder os direitos comerciais de torneios da entidade para empresas de marketing esportivo.

Os brasileiros José Maria Marin e Ricardo Teixeira, ambos ex-presidentes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e Marco Polo Del Nero, licenciado da presidência da CBF, também são acusados. Só Marin está preso, nos EUA.

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