O meia Fred, do Shakhtar Donetsk (Ucrânia), decidiu não recorrer da suspensão de um ano imposta pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), por flagra positivo em exame antidoping realizado na Copa América de 2015, no Chile, defendendo a seleção brasileira.
O jogador, seus empresários e advogados entenderam que o resultado, anunciado em 14 de dezembro, foi bom, já que a suspensão é retroativa a 27 de junho de 2015. Ela acaba, portanto, em 27 de junho de 2016, a tempo de o jogador participar em agosto da Rio-2016, caso Dunga queira — aos 22 anos, ele tem idade olímpica (sub-23).
Se recorresse, haveria o risco de a pena aumentar
Só que há mais um detalhe que torna a punição “boa” para o jogador: a Conmebol o suspendeu para torneios organizados pela entidade. Como joga na Ucrânia, Fred só poderia atuar em uma competição da Conmebol em 2016, a Copa América dos EUA, mas o meia não tem sido chamado por Dunga para a seleção principal.
Até a Fifa estender a punição para o resto do mundo, ele pode atuar normalmente em competições organizadas por outras entidades — e não há uma data para a Fifa fazer isso.
Fred entrou em campo, por exemplo, no empate por 1 a 1 entre Shakhtar e Fluminense, dia 17 de janeiro, pela Florida Cup. E deve atuar nesta quarta (20), contra o Corinthians, pelo mesmo torneio amistoso.
Fred foi suspenso porque, após a partida em que o Brasil foi eliminado pelo Paraguai na Copa América, no dia 27 de junho de 2015, foi encontrada em seu teste antidoping a substância hidroclorotiazida, um diurético usado, normalmente, para mascarar o uso de produtos mais fortes, como anabolizantes ou drogas sociais.
O jogador nega o uso de qualquer substância e diz não saber como ela entrou em seu corpo.