Com prazo estendido pelos EUA, novo depósito deve ser a solução de Marin para completar fiança

Por Marcel Rizzo
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Um novo depósito é uma alternativa de José Maria Marin à carta de crédito de US$ 2 milhões (R$ 8,4 milhões) para completar o acordo de fiança que garantiu ao ex-presidente da CBF a prisão domiciliar nos Estados Unidos.

A Justiça americana vai aguardar até 5 de fevereiro para que uma solução seja apresentada por Marin — a data foi proposta pela defesa do ex-cartola depois que a carta de crédito não foi conseguida ao vencimento do prazo anterior, que era 15 de janeiro.

Marin não conseguiu um banco que topasse dar a carta de crédito de US$ 2 milhões, principalmente porque a maioria das instituições temia uma “publicidade negativa” de fazer o empréstimo ao ex-presidente da CBF, preso desde 27 de maio de 2015.

As poucas que toparam estavam cobrando comissão de até 6,5% do valor total da carta para a emissão, ou seja, algo em torno de R$ 500 mil. Esse valor pode ser dado como parte de um novo depósito — pelo acordo, Marin já pagou à vista US$ 1 milhão (R$ 4,2 milhões) e deu seu apartamento em Nova York, onde vive atualmente, como garantia.

Se a Justiça entender que Marin não cumpriu o acordo, ele pode ser levado a uma prisão comum, mas todos os envolvidos no processo acham improvável que isso aconteça.

Marin é acusado pela Justiça americana de receber propina para fechar acordos comerciais de torneios no Brasil e América do Sul quando era presidente da CBF (cargo que ocupou de março de 2012 a abril de 2015). Ele nega as acusações.