A Justiça determinou que a P&G retire de comercialização qualquer produto da empresa que tenha referência à seleção brasileira de futebol.
A P&G patrocinou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) até junho de 2015, por meio da marca Gillette, e rompeu o acordo depois das denúncias de corrupção que levaram à prisão o ex-presidente da entidade, José Maria Marin.
A decisão da juíza Erica de Paula Rodrigues da Cunha, da 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, defere parcialmente pedido da CBF, que queria também dar segredo de justiça ao processo em que a entidade cobra indenização da P&G pela quebra de acordo – o valor pedido não foi divulgado.
A juíza não permitiu o segredo de justiça alegando que o assunto já foi divulgado pela mídia. Foi dado prazo de 30 dias para a retirada dos produtos, e se não for cumprido haverá multa (valor não fixado).
“Diante do encerramento do vínculo contratual, notícia que, inclusive foi veiculada na mídia, não se afigura plausível que as rés, que não figuram mais como patrocinadoras das modalidades esportivas, continuem a comercializar os produtos com a logomarca das Seleções Brasileiras de Futebol, após o decurso de mais de 06 meses, sem a autorização da autora graciosamente”, escreveu a juíza.
Sobre essa decisão, a P&G informou que “não comenta processos judiciais”.
A empresa, que patrocinava a CBF desde 2009, informou em dezembro que rescindiu o contrato baseado em cláusula “que prevê a rescisão caso haja algum fato que possa oferecer riscos à preservação da imagem da companhia”, ou seja, entende que não há necessidade de pagamento de multa.
A CBF contesta essa versão, dizendo que a empresa manifestou interesse no rompimento em março de 2015, antes portanto das prisões do escândalo de corrupção começarem, em maio.