Globo tem cláusula em contratos dos Estaduais que proíbe clubes de disputarem torneio vetado por CBF

Por Marcel Rizzo

A Globo tem nos contratos de direitos de transmissão dos quatro principais estaduais (Paulista, Rio, Mineiro e Gaúcho) cláusula que proíbe os times de disputarem simultaneamente ao Estadual competições que não façam parte do calendário da CBF.

A medida é preventiva contra a criação de ligas. A iniciativa obrigou a Primeira Liga, que organiza torneio com times de Minas, Rio e da região Sul, a fechar com a Globo por valor baixo (total de R$ 5,2 milhões).

Na telinha. O Grupo Globo confirmou a cláusula, por meio do departamento de comunicação, e explicou que “resguarda o nosso direito sobre a melhor competição do período dos Estaduais”.

Nosso. A Globo informou que abriu mão de utilizar a cláusula com os times que estão na Primeira Liga, já que é uma competição que transmite em TV aberta e fechada.

Compensação. Em São Paulo, como os clubes receberam cerca de 20% de aumento na renovação do contrato até 2021, houve comprometimento dos grandes de não disputarem torneios regionais durante o Paulistão.

Demanda. A Conmebol pode aumentar ainda mais a distribuição de dinheiro aos clubes na edição 2016 da Libertadores, mesmo com a competição em andamento. O valor já pulou de US$ 300 mil (R$ 1,2 milhão) para R$ 600 mil (R$ 2,4 mi) por jogo como mandante, mas pode ir a US$ 750 mil (R$ 2,9 mi).

Para destruir. O STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu liminar que proíbe a CPI do Futebol de ter acesso aos dados bancários do COL (Comitê Organizador local) da Copa-2014. Só que o Bradesco já havia enviado para a CPI e, em carta, pediu que a comissão incinere ou devolva os documentos.

Prazo. O COL, criado para organizar a realização da Copa no Brasil, já excedeu o prazo que consta em seu contrato social para ser finalizado, que era 18 meses do final do Mundial, ou seja, 13 de janeiro de 2016. A empresa informa que segue ativa devido a ações judiciais que participa, a maioria devido a não pagamento de empresas terceirizadas a funcionários.

Precoces. Relatório oficial da Fifa sobre o Mundial sub-17, disputado em  outubro e novembro de 2015, diz que é para se preocupar com  jovens atletas que se acham “pequenos astros” e orienta as confederações a formar homens, não só jogadores.