A Justiça determinou que o São Paulo divulgue a dois conselheiros do clube os contratos de serviços jurídicos ou honorários advocatícios firmados com escritório que tenha participação de José Francisco Manssur, atualmente vice-presidente de comunicação e marketing do clube.
O juiz Carlos Eduardo Santos Pontes de Miranda, da 2ª Vara Cível, acatou o pedido dos conselheiros Erovan Tadeu da Silva Carmo e Danilo Decoussau e pediu que seja feita busca e apreensão na sede do clube.
A condenação é contra o São Paulo, não contra Manssur. O vice são-paulino informou que nunca tentou esconder esses documentos e por duas vezes solicitou que fosse mostrado no Conselho a documentação, e que os conselheiros poderiam ter acesso a eles.
Em outubro de 2015, Manssur recebeu email de Erovan afirmando que teve acesso aos documentos, e que não encontrou nada de ilícito. Estranha à diretoria do São Paulo a ação na justiça para que a documentação seja mostrada tenha seguido. Erovan não foi encontrado para comentar.
Os documentos pedidos são o demonstrativo ou ata de reunião bimestral convocada pelo Conselho Deliberativo que diga respeito a contratos de serviços jurídicos ou honorários advocatícios firmados com escritório que tenha participação de José Francisco Manssur; documento referente à contratação do citado escritório; notas apresentadas e demonstrativos financeiros das respectivas saídas, além de livros correspondentes e documentação que lhe dá amparo.
O clube também terá que pagar R$ 1 mil das despesas processuais. Cabe recurso.
Na defesa, o São Paulo alegou “falta de competência dos autores para examinar e aprovar as contas do réu”. O juiz discordou alegando que, como associados e conselheiros, têm interesse em saber se o clube foi prejudicado financeiramente em contratos firmados pela diretoria.
O escritório de Manssur, AMVO, prestou serviço ao clube quando o presidente era Juvenal Juvêncio, que teve mandato de 2006 a 2014. O serviço foi interrompido quando o sucessor Carlos Miguel Aidar assumiu em abril de 2014. Em matéria publicada pela Folha em 26 de janeiro, a AMVO negou prestar serviço para o São Paulo atualmente.