A demora na definição de mudança no comando do Ministério do Esporte aconteceu porque o Planalto tentava usar a pasta para segurar o PMDB na base aliada — o partido anunciou na terça (29) o rompimento com o governo Dilma Rousseff.
A ideia era oferecer a pasta do Esporte para o PMDB do Rio, na intenção de que parte da legenda fosse contra a saída do governo — o ministério terá relevância nos próximos meses devido aos Jogos Olímpicos do Rio em agosto.
Não deu certo. Ricardo Leyser, o atual secretário de esporte de alto rendimento, que trabalha diretamente com a Rio-2016, e que pertence ao PC do B, que apoia Dilma, deve assumir ainda nesta semana.
A saída do ministro George Hilton, que deixou o PRB (outro partido que rompeu com Dilma) para o Pros, da base aliada, na tentativa de permanecer no cargo, demora a acontecer porque além de o Planalto tentr angariar votos no Congresso cedendo a pasta a aliados, também é preciso acomodar Hilton em outro setor.
Ele defendeu publicamente Dilma, e ganhou pontos no Planalto.
Algumas exonerações realizadas nesta semana, ainda sob o comando de Hilton, podem ser desfeitas quando Leyser assumir.