Facções trocam redes sociais por WhatsApp para combinar brigas sem monitoramento da polícia

Por Marcel Rizzo
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Membros de torcidas organizadas afirmam que o monitoramento da polícia em redes sociais para tentar identificar possíveis dias e locais em que haverá brigas entre as facções não vão surtir mais efeito. O motivo é que o caminho para combinar os encontros migrou para o aplicativo de mensagens WhatsApp.

Segundo relatos feitos à coluna, por integrantes de uniformizadas, há inclusive grupos criados no aplicativo, com torcedores de clubes diferentes como membros, para determinar onde serão os encontros.

Dos confrontos que aconteceram no domingo (3), que resultou na morte de uma pessoa e dezenas de feridos, há indícios na investigação feita pela polícia de que o encontro em Guarulhos, na Grande São Paulo, foi combinado.

As brigas na estação Brás do metrô, na zona leste da capital, e próximo ao metrô Clínicas, na zona oeste, estão sendo tratadas como encontros casuais pela diferença na quantidade de torcedores que brigaram. No Brás, eram mais de 100 palmeirenses contra pouco mais de 20 corintianos, e nas Clínicas 29 corintianos espancaram três palmeirenses, segundo a Polícia Militar.

O confronto em São Miguel Paulista, que resultou na morte de uma pessoas que não tinha ligação com as torcidas, é o que mais intriga na investigação. Há suspeita de tentativa de vingança por desavença entre facções locais, do bairro, ligadas às organizadas.