Ao reassumir a presidência da CBF, Marco Polo Del Nero reassume também a cadeira no comitê executivo da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
A retomada da cadeira na confederação da América do Sul fará com que Del Nero, mesmo à distância, tenha papel na escolha do novo secretário-geral da entidade. O cargo vago desde dezembro de 2015, quando o antigo secretário, o argentino José Luis Meiszner, renunciou envolvido nas denúncias de corrupção.
A secretaria-geral está prometida pelo paraguaio Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol desde fevereiro de 2016, para a Argentina, que elegerá em junho o novo presidente de sua associação. Depois de eleito, o novo presidente da AFA (Associação de Futebol da Argentina) indicará o secretário, espécie de primeiro-ministro da entidade.
Del Nero, entretanto, pode entrar na disputa por essa indicação para marcar território depois da aproximação da Fifa e dos novos dirigentes da América do Sul.
Há duas semanas, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, visitou a Conmebol e alguns países da América do Sul (Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia). O Brasil ficou fora do roteiro do cartola suíço, e aparentou desprestígio em meio ao caos político que vive o futebol na América do Sul.
Além de investigado pela Justiça dos Estados Unidos acusado de receber propina para negociar direitos comerciais de algumas competições, Del Nero também é alvo de investigação pelo comitê de ética da Fifa de Infantino.