Na chegada ao Brasil, na terça (3), a chama olímpica passará pelo Palácio do Planalto, onde a presidente Dilma Rousseff despacha.
A passagem por um gabinete político é atípico nas chegadas da chama em países que recebem os Jogos Olímpicos, e causou desconforto a alguns patrocinadores do evento.
Normalmente, assim que desce do avião, a chama vai a algum ponto turístico importante da cidade-sede, ou mesmo de outro ponto do país, em eventos que geram retorno de mídia aos parceiros do COI (Comitê Olímpico Internacional) e a patrocinadores específicos daquela Olimpíada.
Foi assim nas últimas competições: em Londres -2012 (tocha foi acesa na base aérea e no dia seguinte começou a rota do percurso pelo país), em Pequim-2008 (levada à Muralha da China), Atenas-2004 (berço olímpico, a chama estava em casa), Sidney-2000 (ao chegar foi levada a um parque nacional, o Uluru) e Atlanta-96 (desceu em Los Angeles, e a tocha foi acesa no Estádio Coliseum, que recebeu os Jogos de 1984).
A crise política, que pode levar ao impeachment da presidente Dilma, assusta aos patrocinadores, que entendem como ato político a presença da chama e da tocha no palácio do governo.