A Liga Sul-Americana de clubes vai sair do papel, mesmo sem os clubes brasileiros.
Encabeçada principalmente por argentinos e uruguaios, a ideia não é criar um torneio à parte da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), mas um grupo de clubes do continente para discutir melhores cotas nos torneios.
Num primeiro momento, clubes como Boca Juniors, River Plate e Peñarol acreditam que a ausência dos brasileiros não fará falta porque essas equipes já têm maior influência dentro da Conmebol para conseguir mudanças que pleiteiam, como valores de cotas e mais participação na organização dos campeonatos.
Mas, no futuro, o objetivo da liga é que os clubes negociem diretamente com as TVs e patrocinadores os valores das competições como a Libertadores. Aí a importância dos brasileiros aumentará para que os contratos sejam maiores.
Dois dias antes de deixarem no meio a reunião da criação da Liga Sul-Americana de clubes, quinta (19), no Paraguai, e avisarem que não pretendem mais participar, os cartolas dos principais clubes brasileiros se reuniram na sede da CBF com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
Ouviram promessas na Libertadores caso boicotassem o grupo que tem como “cabeças” os argentinos e uruguaios.