Os membros da APfut indicados pela sociedade civil devem ser mantidos pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani. Só há dúvida na permanência de um representante do Bom Senso no grupo.
Dos nove membros titulares designados ainda no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, quatro não tem, em tese, indicação política: Juliana Cabral, representante dos atletas, Marcos Bocatto, dos treinadores, Marco Antônio Martins, dos árbitros, e Ricardo Borges, diretor do Bom Senso, indicado como representante de entidade que dá fomento ao esporte.
Não será surpresa se o Bom Senso perder essa indicação via fomento, segundo membros do novo ministério do esporte.
A entidade de jogadores criada para combater a CBF e exigir melhorias no futebol brasileiro, como em calendário e estrutura, não agrada à bancada da bola. Esse grupo é formado por congressistas ligados à Confederação Brasileira de Futebol e que têm mais proximidade com membros do governo interino de Michel Temer do que tinham com Dilma.
Os demais membros, cinco, que foram indicações do governo anterior, sairão: o presidente César Carrijo, que era funcionário da Casa Civil e foi indicação de Edinho Silva, que comandava a Secom (Secretaria de Comunicação Social) com Dilma, Fabrício Lima, do Ministério da Fazenda, Manoel Messias Mello, do Ministério do Trabalho, e Ricardo Gomyde e Pitágoras Dytz, do Esporte.
Picciani gostaria de um ex-atleta para presidir a APfut, o que não tem sido visto com bons olhos por pessoas ligadas ao esporte, que preferem alguém com perfil técnico.
A Autoridade Pública de Governança do Futebol (APfut) foi criada para fiscalizar se os clubes que aderiram estão cumprindo as contrapartidas exigidas no Profut, a lei de responsabilidade fiscal no esporte.