Organização da Copa América recebe sim de todos os presidentes e Del Nero será único ausente

Por Marcel Rizzo

A organização da Copa América do Centenário recebeu confirmação de que nove dos dez presidentes das confederações da América do Sul irão aos Estados Unidos acompanhar a competição.

A única ausência será do brasileiro Marco Polo Del Nero, presidente da CBF — a entidade estará representada pelo vice Antônio Carlos Nunes, que será o chefe de delegação da seleção brasileira.

Del Nero não tem deixado o país desde que estouraram as denúncias de corrupção no futebol, em maio de 2015. À CPI do Futebol no Senado ele contou que não viaja por conselho de seus advogados.

O cartola é um dos acusados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de receber propina para vender os direitos comerciais de torneios como a Copa América do Centenário. Ele nega.

Dos dez presidentes das confederações da América do Sul em 27 de maio de 2015, quando o caso veio à tona, somente três seguem no poder — entre os acusados, apenas Del Nero. Os outros são o peruano Edwin Oviedo e o argentino Luis Segura, que prometem estar nos EUA.

As demais federações trocaram porque seus presidentes foram acusados de corrupção — no caso do Paraguai, Alejandro Dominguez assumiu a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) eleito porque o ex-presidente Juan Ángel Napout, também paraguaio,  foi preso.

A presença dos dirigentes terá quase força máxima também porque é possível que algumas das delegações recebam a visita do presidente dos EUA, Barack Obama.

A Copa América começa na próxima sexta (3) — o Brasil estreia sábado (4), contra o Equador, em Los Angeles. O torneio terá 16 times, dez da Conmebol e seis da Concacaf (Confederação das Américas do Norte e Central), as duas confederações envolvidas nas apurações de corrupção.