Para tentar provar que o fato de não viajar aos países em que a seleção brasileira participa de competições não enfraquece o cacife político da CBF, o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, tenta mostrar que há tempos a entidade não esteve tão próxima da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
O gol irregular do Peru que eliminou o Brasil na primeira fase da Copa América, domingo (12), fez com que até mesmo aliados do cartola levantassem a possibilidade do enfraquecimento nos bastidores.
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Neste jogo, porém, quem assistiu a partida ao lado do presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Dominguez, foi o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, diretor de coordenação da CBF e que tem cadeira também em diretoria de competições da Conmebol.
Há cerca de um mês, Dominguez também esteve na CBF, em visita de cortesia e encontro com os clubes. E, como último argumento, há o de que a CBF conseguiu colocar um brasileiro, Wilson Luiz Seneme, como chefe de arbitragem da confederação da América do Sul, algo que na época de Ricardo Teixeira não aconteceu.
Del Nero disse à CPI do Futebol do Senado que não deixa o Brasil por orientação de seus advogados. Ele é investigado pela Justiça americana por corrupção na venda de direitos comerciais de torneios como a Libertadores, mas nega qualquer irregularidade.