Dividido, grupo que comanda Corinthians desde 2007 preocupa Andrés Sanchez sem um sucessor

Por Marcel Rizzo
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O ex-presidente do Corinthians, e hoje deputado federal Andrés Sanchez reuniu em sua casa em São Paulo, no fim da última semana, cerca de 30 conselheiros do grupo Renovação e Transparência, que comanda o clube desde 2007.

O encontro serviu como termômetro político em um momento que Sanchez, como já disse a pessoas próximas, avalia que o grupo que faz parte da situação no clube está cada vez mais esvaziado e dividido — Sanchez, apesar de não ter cargo, mantém influência na gestão de Roberto de Andrade.

Os 30 presentes no encontro é um terço do que costumava comparecer nas reuniões quando Sanchez era o presidente, até 2012. Figuras importantes estão afastadas do clube, e uma das reclamações é que Roberto de Andrade, por exemplo, também deixa de comparecer a eventos sociais no Parque São Jorge.

Mesmo distante, será em fevereiro de 2018, a próxima eleição para presidente causa apreensão pela falta de candidatos possíveis no grupo Renovação — pelo estatuto, Andrade não pode concorrer à reeleição. Já foi colocado na mesa, inclusive, Sanchez se candidatar, algo que ele descarta veementemente neste momento.

O primeiro vice, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, está empenhado em sua candidatura a vereador de São Paulo, e recentemente foi preso por posse ilegal de armas. Ele também é suspeito de ter recebido propina da Odebrecht na obra de construção da arena do Corinthians, em Itaquera.

O segundo vice, Jorge Kalil, não está entre os cotados e o diretor de futebol Eduardo Ferreira, muito ligado a Sanchez, ainda não é visto como a figura para assumir o clube — Mário Gobbi e Roberto de Andrade, sucessores de Sanchez, foram preparados para a presidência como diretores de futebol.