Douglas Costa na lista de convocados da seleção para a Olimpíada é o último legado da gestão Gilmar Rinaldi e Dunga, respectivamente antigos coordenador e treinador do time da CBF.
O atacante é atualmente um dos melhores jogadores brasileiros em atividade, mas o técnico do time olímpico (sub-23, reforçado por três atletas acima desse limite de idade), Rogério Micale, inicialmente não contava com Douglas.
Primeiro porque pretendia convocar um zagueiro mais experiente entre a cota dos veteranos, mas o veto do PSG à presença de Thiago Silva acabou com essa possibilidade — os outros dois escolhidos seriam (como foram) o goleiro Fernando Prass e, claro, Neymar.
Segundo porque na análise de Micale e do coordenador das categorias de base, Erasmo Damiani, Douglas, apesar de todo o talento, tem características semelhantes aos Gabriéis, Barbosa (do Santos) e Jesus (do Palmeiras), que também estão na lista. Seria melhor “gastar” a vaga de veterano em uma posição mais carente, a zaga.
Mas sem Thiago Silva, pesou o fator pressão por Douglas Costa. Como ele foi liberado pelo Bayern de Munique porque não disputou a Copa América (estava machucado), a cúpula entendeu que poderia haver críticas se não levassem no grupo um dos melhores em atividade hoje e depois a seleção fracassasse na Copa América.