Justiça nega liminar e contrato de fidelidade do Cruzeiro para jogar no Mineirão é mantido

Por Marcel Rizzo
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O Tribunal de Justiça de MG indeferiu pedido do Cruzeiro para rescindir o contrato de fidelidade que mantém com a gestora do Mineirão, a Minas Arena, para atuar no estádio.

Na decisão de quarta (29), o TJ-MG entendeu que os documentos apresentados não autorizam, no momento, a concessão de liminar. No dia 2 de junho, já havia sido indeferido pedido de liminar do Cruzeiro, em primeira instância, pela rescisão antecipada do contrato entre clube e gestora do Mineirão.

O Cruzeiro acionou a Justiça, em maio de 2016, para tentar romper o acordo que firmou com a concessionária para atuar no reformado Mineirão, que no começo de 2013 ficou pronto para a Copa-2014.

O clube reclama, entre outros pontos, de indisponibilidade de todas as vagas de estacionamento nos dias de jogos, dos eventos simultâneos às partidas, da venda de ingressos da gestora abaixo do preço mínimo estabelecido em contrato entre as partes e as mais de 400 ações movidas por torcedores por causa de incidentes operacionais na reabertura do estádio, no clássico contra o Atlético, em fevereiro de 2013.

A Minas Arena, por sua vez, entrou na Justiça cobrando cerca de R$ 9 milhões do Cruzeiro que, segundo a empresa, não foram repassados, desde 2014, referentes aos custos operacionais das partidas (parte do valor arrecadado nos jogos que, por contrato, precisa ir para a gestora).

O Cruzeiro alega que, como o Atlético-MG foi desobrigado a repassar esse custo operacional quando usou o Mineirão na final da Libertadores de 2013, ele também deixou de ter a obrigação de fazer o repasse.

Apesar de os questionamentos na Justiça ainda existirem, nos últimos dias as direções do Cruzeiro e da  Minas Arena iniciaram conversa para tentar uma recomposição, que pode acarretar até em mudanças para que o contrato seja mantido.

O Mineirão é administrado pelo consórcio Minas Arena, formado pelas construtoras Ejesa, Construcap e HAP. Eles reformaram o estádio, que pertence ao estado, e receberam concessão por 25 anos.