O movimento Bom Senso acabou tal qual o conhecemos. O grupo de jogadores, liderado pelo zagueiro Paulo André, não aparecerá mais fazendo críticas à CBF e aos cartolas. No balanço interno, a mobilização foi considerada vitoriosa por ter chamado a atenção para os problemas do futebol brasileiro e pela aprovação do Profut. Ao mesmo tempo, o grupo ficou com fama de “rebelde”, o que prejudicou alguns deles. Sob pressão, atletas tiveram dificuldades para serem contratados.
Nova cara. Os líderes do Bom Senso ainda não definiram se vão manter a estrutura atual, que conta com advogados e executivos, para pautas pontuais no Congresso Nacional, em Brasília, ou se vão de fato fechar as portas. Certo é que os jogadores que restaram no grupo não mais darão a cara em nome do movimento.
Investimento. Durante os três anos de existência, o Bom Senso gastou cerca de R$ 500 mil. Passagens aéreas para Brasília para reuniões sobre o Profut consumiram quase R$ 100 mil. A maior parte foi doada por Paulo André, mas outros atletas também colaboraram.
Na torcida. Em meio à negociação de delação premiada da Odebrecht, o número três da construtora, Benedicto Júnior, o BJ, corintiano fanático, esteve em Itaquera acompanhando a goleada de seu time sobre o Flamengo. O executivo chegou a ser preso na 23ª fase da Lava Jato, na Operação Acarajé.
Sem cerveja. A Câmara Municipal de São Paulo prepara uma manobra para liberar a venda de cervejas na Arena Corinthians durante a Olimpíada. O estádio é o único da Rio-16 que tem a venda proibida. O tema deve ser colocado em votação em 2 de agosto, um dia antes da primeira partida em Itaquera.
Jeitinho. Um projeto do vereador Toninho Paiva (PR), aprovado em primeira votação, vai sofrer alteração para que a liberação valha só para a Olimpíada. Não há consenso ainda, porém. Alguns vereadores dizem que existe chance de o estádio ficar sem cerveja nos Jogos.
No topo. Corinthians e Palmeiras lideram a taxa de ocupação de estádios como mandantes no ano, com 73% em Itaquera e 62% no Allianz Parque. São as médias mais altas do país. A média de frequência de sócios-torcedores de ambos é superior a 70%.
Colaborou: GIBA BERGAMIN JR.,
de São Paulo