Com aumento nos exames realizados, triplicam os casos de doping identificados no futebol paulista

Por Marcel Rizzo
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O número de casos de doping no futebol paulista triplicou de 2015 para 2016. De janeiro a junho deste ano, 11 jogadores foram flagrados em exames nas três divisões do Paulista, entre eles o corintiano Yago e o palmeirense Alecsandro.

Na semana passada, o 12° atleta foi identificado, mas ainda não recebeu notificação. Em 2015, foram só quatro casos. Mais da metade dos já contabilizados, seis, foram por anabolizantes, e cinco devido a “drogas sociais”, como a maconha.

Índice. Fernando Solera (filho do narrador), que preside o controle antidopagem da CBF e da FPF, diz que em São Paulo os testes realizados aumentaram em 40%, o que explica, em parte, o aumento dos casos identificados no Estado.

No DNA. Entre os flagrados, há os irmãos gêmeos do São Carlos, Matheus e Mário Destro. Pela semelhança física, foi feito até exame de DNA para provar ao tribunal que eram pessoas diferentes e que não houve erro de coleta da urina.

Rússia. Delatora do esquema de doping que vai tirar o atletismo russo da Rio-2016, a corredora Yuliya Stepanova falou ao documentário “A Corrida do Doping”, de Paulo Markun, a ser lançado na terça (19). “Todos atletas sabiam, todos se dopavam e eram favoráveis à dopagem”, disse. “Os campeões olímpicos não se parecem com o ideal que as crianças acreditam”, afirmou ela, que pode ir ao Rio sob bandeira neutra.

Rainha. A nova gestão da Fifa tirou poderes da secretaria-geral da entidade, que até 2015 mandava e desmandava, por exemplo, na organização das Copas com poderes para definir questões financeiras. A primeira mulher a ocupar o cargo na entidade, a senegalesa Samba Diouf Samoura, terá uma função mais diplomática.

Propaganda. Escanteado em gestões anteriores, Ademir da Guia, 74, virou o garoto-propaganda preferido do Palmeiras em campanhas publicitárias. Só em 2016, ele participou de 11 eventos, entre noites de autógrafos e inaugurações de lojas. O segundo é Edmundo, com cinco, à frente de Evair, quatro.

Motivo. Mano Menezes avaliou assumir o Inter antes da contratação de Falcão. Mas, ao final, as declarações de 2014 do presidente Vitório Píffero, de que ele não tinha o perfil ideal do clube, pesaram, e o técnico disse não.

Colaborou GUILHERME SETO, de São Paulo