Calendário de Olimpíada pode ser estendido para dar mais tempo de recuperação a atletas

Por Marcel Rizzo

Os países que mais recebem medalhas, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, pressionam o COI (Comitê Olímpico Internacional) a aumentar o calendário olímpico a partir de 2024 — ainda sem sede.

A ideia é que o evento dure até 25 dias — hoje são 19, com o futebol começando antes — para dar mais tempo de descanso a atletas durante as provas. Federações como as de vôlei e basquete são favoráveis. O COI reluta porque prioriza uma campanha de redução de custos nos Jogos.

Dinheiro. Mais dias de evento significaria mais gastos com funcionários, empresas terceirizadas e de energia, e talvez mais equipamentos disponíveis para as provas, o que não agrada à cúpula do COI.

Mercado. Só que um aumento de calendário poderia significar, também, mais modalidades. Está é uma ideia que é bem vista dentro do Comitê Olímpico, que para Tóquio-2020 já incluiu surfe, skate e escalada esportiva, na tentativa de atrair mais jovens e, consequentemente, mais patrocinadores ao evento — caratê e beisebol/softbal também entraram.

Limpo. Usain Bolt foi o atleta mais testado em “visitas surpresas” para exames antidoping em 2016. Recordista mundial dos 100 m e 200 m, ele mesmo se coloca à disposição em sua agenda para recolher as amostras. A agência mundial antidoping não divulga os números de exames realizados.

No Maracanã. A cúpula que manda na Fifa ignorou as finais do futebol olímpico. O presidente Gianni Infantino já havia avisado que não voltaria ao Brasil depois de participar da abertura, mas a nova secretária-geral, Fatma Samoura, do Senegal, que faria a primeira visita ao Brasil, cancelou alegando reuniões importantes.

Representante. Ainda está no Brasil o vice da Fifa, o camaronês Issa Hayatou, mas porque ele também faz parte do Comitê Olímpico Internacional.

Time do coração. O ex-presidente Luiz Inácio de Lula da Silva enviou carta ao Conselho Deliberativo do Corinthians renunciando ao cargo de conselheiro vitalício do clube, do qual faz parte desde 2003.

Fora. O presidente do Conselho corintiano, Guilherme Strenger, disse que Lula e outros conselheiros foram notificados a se explicar porque não compareciam às reuniões. Lula foi o primeiro a responder e preferiu renunciar, explicando ser impossível participar das reuniões devido à agenda.