Palmeiras obtém Certidão Negativa de Débitos e pode ter patrocínio da Caixa

Por Bernardo Itri

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Sem patrocinador máster desde 2013, o Palmeiras abriu caminho para fechar com anunciantes estatais, como a Caixa, que namorou o time recentemente. O clube obteve nesta quarta-feira (10) a Certidão Negativa de Débitos junto à Receita Federal. O documento permitirá que o Palmeiras possa receber dinheiro de patrocínios de empresas públicas e incentivos fiscais do governo para investir nas categorias de base do clube.

Regularizado. A obtenção da CND foi comemorada dentro do Palmeiras, que não possuía o documento desde 2009. Em 2013, quando Paulo Nobre assumiu a presidência, o clube ainda tinha R$ 30 milhões de impostos não repassados à Receita.

Turbinado. Ex-presidente do Corinthians, Andres Sanchez (PT) ampliou sua arrecadação para a campanha a deputado federal. O cartola, de acordo com sua prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral, já angariou R$ 525 mil para brigar por um posto no Congresso.

Contradição. O maior doador da campanha de Andres continua sendo um de seus maiores opositores no Corinthians. Paulo Garcia, dono da Kalunga, aportou R$ 319 mil para ajudar.

Alguém tem que ceder. Foi atendendo pedido da comissão técnica e do elenco que o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, decidiu mandar o jogo contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, no Mineirão. Apesar de crítico da gestão do estádio, Kalil espera faturar R$ 2,5 milhões na partida.

Nos trilhos. O presidente do Atlético-MG, inclusive, está quitando todos os atrasos de pagamento aos jogadores. Os salários de junho e julho foram pagos, e os de agosto serão concluídos na próxima semana.

O retorno. Carlos Miguel Aidar, que em entrevista à Folha ontem expôs o rompimento com Juvenal Juvêncio, cogita incluir em sua diretoria Marco Aurélio Cunha, seu opositor na eleição de abril. Os dois cartolas se aproximaram nas últimas semanas e um retorno de Cunha ao clube não está descartado.

Condições. Aidar, no entanto, quer esperar as eleições para discutir melhor a participação de Cunha, candidato a deputado estadual. Cunha, aliás, diz que voltaria ao São Paulo se o presidente o convidasse. “Eu ajudo desde que seja com liberdade de ação. Se for para bater palma, tem outros que batem mais forte do que eu.”

Análise. Aliados de Juvenal Juvêncio acreditam que as declarações de Carlos Miguel Aidar contra a gestão de seu antecessor têm uma motivação: aprovar a reforma do Morumbi. A leitura é que, rompendo com Juvenal, o atual presidente ganhará apoio da oposição na votação da obra. Aidar pretende aprovar a proposta de reforma no Conselho Deliberativo em outubro.

Mercosul. Campeão da Libertadores, o San Lorenzo fechou com uma empresa brasileira para fazer a operação de sua loja virtual. O clube do papa Francisco acertou com a Netshoes. Ela assumirá as vendas a partir de janeiro de 2015.

DIVIDIDA

“Apoiar o Carlos Miguel foi um custo para mim

JOÃO PAULO JUVÊNCIO

neto de Juvenal e filho de Marco Aurélio Cunha, que pediu demissão ontem do cargo de diretor-adjunto de finanças do São Paulo após a entrevista de Aidar à Folha